Hoje deixei todo o meu corpo em ti
Abandonado, arrastado pelo que bati
Num chão duro de pedra arremetido
Por vezes derrotado ou adormecido
Mas nunca minh'alma te deixei
Nunca a verdadeira, te entreguei
Trago-a sempre cheia do que vi
Do que me acalma e do que senti
Haverei de, quem sabe algum dia
Encontrar-me no teu repouso manso
Como um lobo que já não agora uiva
Como a ânsia...que já não mais canso.