terça-feira, 8 de março de 2016

Porque volto

Porque volto sempre mais uma vez
Para calcar esse odor da terra molhada
No vento urzeado que um criador livre fez
Quase afogando esta pele nua afagada?

Não há cansaço que derrote a paixão 
Cá por dentro de uma alma atraída 
Mesmo que lá por cima, faça da corga caixão 
Se não houver mais...do que uma saída.

Que fenómeno me leva, cansaço acima
Arrastando corpo pesado, ao encontro teu?
Sou o desvio no trilho e embaraço no clima
Sem ti, acabado, a perder-me...no breu.  


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