terça-feira, 30 de agosto de 2016

Teu repouso manso

Hoje deixei todo o meu corpo em ti
Abandonado, arrastado pelo que bati
Num chão duro de pedra arremetido
Por vezes derrotado ou adormecido


Mas nunca minh'alma te deixei
Nunca a verdadeira, te entreguei
Trago-a sempre cheia do que vi
Do que me acalma e do que senti

Haverei de, quem sabe algum dia
Encontrar-me no teu repouso manso
Como um lobo que já não agora uiva
Como a ânsia...que já não mais canso.


Tua Formusura

Tal como o pastor que calca a sonhar 
O verde chão do tempo só 
Rio-me da tua formosura 
Como o pulmão recebe do bom ar 
Como o coração desprende a soltura 
Como a levada...a empurrar a mó. 


terça-feira, 8 de março de 2016

Quantas vezes

Quantas vezes passei por ti 
Em contenção de vontade 
Vontade de te abraçar e beijar 
E sussurrar que no meu coberto 
Mais ninguém te trará mal 

Quantas vezes pensei em ti 
Carregado de dôce saudade
Saudade dos olhos do teu olhar
E soltando um grito deste aperto 
De que te reencontrarei afinal. 



Porque volto

Porque volto sempre mais uma vez
Para calcar esse odor da terra molhada
No vento urzeado que um criador livre fez
Quase afogando esta pele nua afagada?

Não há cansaço que derrote a paixão 
Cá por dentro de uma alma atraída 
Mesmo que lá por cima, faça da corga caixão 
Se não houver mais...do que uma saída.

Que fenómeno me leva, cansaço acima
Arrastando corpo pesado, ao encontro teu?
Sou o desvio no trilho e embaraço no clima
Sem ti, acabado, a perder-me...no breu.  


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Que beleza me invade 
Num assomo de memória 
De certeza é de verdade 
E não sonho ou história 

Brilha o sol neste coração 
Bem alto no zénite maior 
Conhecer-te que emoção 
Conhecer-te...bem de cor. 


sábado, 6 de fevereiro de 2016

You and I

Every day that goes by 
More and more I know 
That you and maybe I
Were meant to be one 

Like two tears in one cry
Like a love about to grow
Like two wings ready to fly 
Like one vision, to become.